Live actioninspirado na clássica animação101 Dálmatasconta a trajetória da vilã com embates fashionistas eestética punk rock
Texto por Janaina Monteiro
Foto: Disney/Divulgação
Duas Emmas travam um embate fashionista retrô com fundo de vingança e estética punk rock na mais nova versão da vilã Cruella (EUA, 2021 – Disney). Ao contrário do que possa parecer, não há plumas no filme adaptado do clássico 101 Dálmatas, escrito pela britânica Dodie Smith em 1961, exibido nos cinemas abertos mundo pandêmico afora e agora chega à plataforma de streaming Disney+.
O tecido que envolve a silhueta da trama mescla poliéster e algodão. É sustentável e as peles são sintéticas. Pode-se dizer que Craig Gillespie acertou a mão com sua câmera ágil para costurar a origem de Cruella. A protagonista surge como a garotinha Estella (Tipper Seifert-Cleveland), dona de uma personalidade fragmentada – rebelde e genial – refletida no tom…
Documentário sobre a ascensão e queda dapopstarchoca por mostrar o tratamento impiedoso dado pela mídia sensacionalista a ela
Texto por Janaina Monteiro
Foto: Globoplay/Divulgação
Num passado não muito distante, artistas eram perseguidos por fotógrafosstalkers.Paparazzide revistas de fofoca e tabloides internacionais ganhavam a vida com uma conduta nada ética, fomentando com cifras milionárias o jornalismo de celebridades que não poupava artistas nem princesas, vide o acidente que matou Lady Di e a derrocada da cantora Britney Spears.
Este, porém, não é o cerne do documentárioFraming Britney Spears: A Vida de Uma Estrela(Framing Britney Spears, EUA, 2021 – Globoplay), produzido pelo New York Times, que traz cronologicamente a ascensão e a queda dapopstar. A cobertura vai do início em que ela surgiu como uma adolescentea laLolita, doce, de voz afinada e cantando para um público-alvo adolescente, que basicamente…
Vocalista do Green Day aproveita o isolamento da quarentena para gravar sozinho em casa um álbum recheado de clássicos pop das décadas passadas
Texto por Janaina Monteiro
Foto: Divulgação
É preciso ter muita atitudepunkpra regravar clássicos de décadas passadas, principalmente dos frutíferos anos 1980, que nos brindaram com uma enxurrada de canções pop deliciosas e um tanto cafonas. Em meio à quarentena, a Plebe Rude ressurgiu com uma versão corajosa de “P da Vida”, sucesso daboy bandDominó. A canção original é do italiano Lucio Dalla, que foi traduzida para o português pelo músico Edgar Poças, pai da cantora Céu. A cover tupiniquim se transformou em música de protesto e, tirando alguns versos (“We are the world lá nas paradas”, por exemplo), continua atualíssima. Os jogos de dados ainda seguem combinados e o povo anda muito p*** da cara. Só que “P da vida” também ficaram alguns…
Quando passei a questionar o sentido da minha vida – mesmo que esse sentido estivesse dormindo no quarto ao lado – as luzes começaram a piscar como se quisessem alertar: hey, tem algo errado aí!
Esses sinais, acredite ou não, foram o caminho para a descoberta do propósito de minha existência: permanecer viva. As piscadelas conduziram a mão até o lugar onde habitava aquilo que me comia por dentro.
Espera aí. Eu tô sentido direito?
Fui apalpando e encontrando, e apalpando e encontrando e… por mais que procurassem me tranquilizar, me acalmar, dizendo “já passei por isso”, eu tinha plena convicção da natureza epistemológica daquele tumor invasor. Assim como sempre soube que meu filho seria do sexo masculino. Conheço meu corpo.
No primeiro dia, a culpa veio me assombrar. Culpei a fritura. Culpei ter fritado meu cérebro. No segundo dia, a raiva. E todo dia o medo constante de morrer. Por que eu? Ora, bolas… por que minha mãe também? Por que a prima de uma amiga que é mãe de trigêmeos? Por que as mães de outras amigas? Por que 60 mil mulheres por ano no Brasil em 2020? Mamma mia!
Aprendi na marra que me vitimizar é feio. Aprendi na marra que o sentido da vida é continuar viva para poder abraçar meu filho o dobro de vezes, já que a pandemia ainda me impede de abraçar o mundo inteiro.
No fim, me senti abraçada por todos os gestos carinhosos de pessoas queridas da família, amigos ou até mesmo estranhos que se preocupam mais contigo do que seu vizinho de porta.
Pensei que demoraria dias pra me encarar no espelho. Agora entendo as vantagens de ter seio pequeno. Esse peito esquerdo de bico invertido que jorrava leite e foi mordido pela cria. Assim é bem mais fácil enfrentar a trombada que levei. Que me mutilou. O importante é que o recheio pode ser substituído. Graças à técnica, à tecnologia. Graças a quem veste branco.
O mesmo bico invertido está lá. A diferença é que eu não sinto nada. Socorro!
Espera… isso não é nada. E ao mesmo tempo tudo. Esse recheio também invasor que parece uma armadura, uma concha de feijão, expande a pele, eleva a mente e revela a verdade sobre a minha natureza. Em breve, estarei pronta para peitar todo mundo!
Longa-metragem curitibano acerta em cheio ao tratar sobre tolerância e diversidade sexual para o público-alvo de jovens e adolescentes
Texto por Janaina Monteiro
Foto: Divulgação
É lamentável que em pleno 2020 os termos sexismo, discriminação de gênero e transfobia ainda estejam tão em voga, mesmo depois da aparição de Roberta Close e Rogéria décadas atrás nos principais veículos de imprensa nacionais. Se por um lado o salto evolucionário tecnológico alcança Marte, o ranço conservador persiste no núcleo de muitas famílias e governos. Por isso um filme como Alice Júnior (Brasil, 2020) – que estreou em cinemas drive-in e agora chega à Neftlix, depois de também ficar disponível no YouTube e em outros serviços de VOD e streaming – é tão necessário. Ele abre a mente dos caretas e afaga o coração dos liberais, dando aquele gostinho de quero mais.
A premiada produção que brotou da “República de Curitiba” é dirigida…
Longa com diretor brasileiro e ator vindo de Stranger Things mostra o poder de unir culturas e apaziguar conflitos por meio da gastronomia
Texto por Janaina Monteiro
Foto: Downtown/Divulgação
Família é tudo igual, só muda de endereço, de país, de religião. Quantas ceias de Natal ou festas de aniversário já não terminaram em desavença regada a lágrimas desour cream?Uma bela refeição temperada por temas como política e religião só podem se transformar numa terrível indigestão.Por isso,Abe(EUA/Brasil, 2019 – Downtown), longa dirigido por Fernando Grostein de Andrade (também conhecido como o irmão postiço de Luciano Huck e produtor do documentárioCoração Vagabundo,sobre Caetano Veloso,e da sérieQuebrando o Tabu), usa o fascínio de um garoto de 12 anos pela culinária como gatilho para discutir antissemitismo, preconceito, tolerância e educação dos filhos enquanto enaltece o poder gastronômico de unir culturas e apaziguar conflitos.
Novo disco solo registra a clausura pandêmica com muitas memórias afetivas, críticas à ignorância e belas parcerias multinacionais
Texto por Janaina Monteiro
Foto: Dudi Polonis/DeckDisc/Divulgação
Quando muitos procuram legitimar seu discurso contra a injustiça aos berros, exaltando a raiva, eis que surge o caminho inverso: o da voz doce e terna de Fernanda Takai. EmSerá Que Você Vai Acreditar?(DeckDisc) a mineira vocalista do Pato Fu, mulher do produtor e guitarrista John Ulhôa, mãe da adolescente Nina, dá seu recado sutilmente, tecendo críticas à ignorância num trabalho baseado em memórias afetivas. Takai se veste de nostalgia para registrar este ano inesquecível, que nos obriga a esconder os rostos para salvar vidas.
Como todo artista que sente na pele as mudanças mais que pobres mortais mundanos, assim que a pandemia se instaurou Fernanda e John se isolaram no estúdio montado em casa para se concentrar no álbum que já vinha…
Oito filmes da breve porém marcante carreira do ator que interpretou no cinema o cantor James Brown e o super-herói Pantera Negra
Texto por Janaina Monteiro
Foto: Getty Images/Jeff Kravitz/Reprodução (Oscar 2019), Disney/Divulgação (Pantera Negra) e Universal Pictures/Divulgação (Get On Up: A História de James Brown)
Se existe um ator que conseguiu transcender suas personagens, o nome dele é Chadwick Boseman. Um super-herói real, de carne e osso, que não esmoreceu diante de uma notícia devastadora que lhe custaria a vida e lutou até o fim contra seu arqui-inimigo mais poderoso: o câncer no cólon diagnosticado em 2016. Nem mesmo o Pantera Negra dos filmes da Marvel poderia derrotar um tumor potencialmente maligno, de estágio 3. Se pouco dava para ser feito no combate à doença, Boseman não se deixou abater pelo sofrimento e evocou o poder sobrenatural de todos os guerreiros interpretados por ele ao longo da carreira para…
Documentário procura evidenciar a influência e o poder das redes sociais na política brasileira dos últimos anos
Texto por Janaina Monteiro
Foto: Reprodução
Quando Guy Debord escreveuA Sociedade do Espetáculo, que serviu de base para os acontecimentos de maio de 1968, não poderia imaginar que a internet, seus algoritmos e o mar defake newsdivulgados via WhatsApp potencializariam, algumas décadas depois, sua teoria sobre a submissão alienante proporcionada pela mídia. O livro é leitura fundamental para tentar compreender o mundo moderno do pós-guerra, quando a sociedade se viu dominada pela mercantilização das relações, sejam elas sociais, políticas e econômicas.
Seguindo ideias marxistas que flertavam com o pensamento freudiano, Debord acreditava que o espetáculo é uma forma de dominação da burguesia sobre o proletariado. Alguns desses conceitos podem ser claramente percebidos no documentárioPulsão, dirigido, produzido e escrito por Diego “Di” Florentino em parceria com Sabrina Demozzi. A…
Ao lado dos três filhos, cantor comemora 78 anos fazendo da tão esperada live um doce acontecimento musical em meio à pandemia
Texto por Janaina Monteiro
Foto: Globoplay/Reprodução
A live de Caetano Veloso não foi qualquer coisa: foi um acontecimento. Depois de meses tentando convencer o baiano a se apresentar em tempo real, Paula Lavigne, empresária e companheira do artista, fez valer seu poder de persuasão – que já dura anos – e conseguiu que Caetano fizesse um show quase todo acústico ao lado dos filhos para comemorar seus 78 anos de vida, no último dia 7 de agosto e às vésperas do dia dos pais.
Às 21h30, a família Teles Veloso abriu a porta de casa para os convidados conectados no serviço de streaming Globoplay (com sinal inclusive para não-assinantes, vale ressaltar), indo na contramão de outros artistas, como Milton Nascimento e Gilberto Gil, que fizeram lives pelo YouTube…
Esse é um pedaço do meu mundinho que abro a todos que quiserem compartilhar experiências, visões de vida, felicidades e tristezas, amores e amizades, enfim, tudo aquilo que o coração mandar falar. Aqui você vai encontrar amor e um pouco mais ♡
Um pouco de poesia, um tanto de poemas, outros de ilustrações, sem esquecer da fotografia e muito mais de arte. Produção de GeraldoCunha autor da obra Improváveis - Livro de Poemas, edição 2021. Contato pelo instagram @divagacoes.geraldocunha